Portando um figurino que representa o Orixá Tempo, a atriz ressignifica as palavras na História do Pensamento a partir de um texto (próprio) esteticamente acadêmico na esfera da fala. Dentro do texto ela trás falas da filosofa Viviane Mosé e de poetisa Stela do Patrocínio, que viveu no Hospital Colônia Juliana Moreira, no Rio de Janeiro. Em seus terceiro trabalho solo, Inaê (Mirante dos Astros e Fêmeas) abusa dos ritmos, aliterações e assonâncias para abordar com humor e dramaticidade a Razão e a Loucura. Ela se baseia em textos dos pensadores René Descartes, Friedrich Nietzsche e Michel Foucault. Além de uma mistura de acontecimentos que por isso mesmo desconstrói o esperado e se torna engraçado. Assim, compôs um texto com fundamentos teóricos, mas recheado lirismo.
“A linguagem da poesia e da loucura são as mesmas porque desconstroem a gramática das coisas”, explica a atriz. Na encenação, ela se inspirou na Gameleira, árvore sagrada de Tempo, para confeccionar o figurino e utiliza elementos da dança flamenca para pontuar as cenas. O cenário será tecido como se tece um texto, como uma colcha de retalhos. Inaê nasceu em Ipirá, Sertão da Bahia, e mora em Salvador desde 2000. Ela é também poeta e escritora formada em Letras Vernáculas pela Universidade Federal da Bahia.
SERVIÇO
Palavra há Tempo integra a II Mostra de Monólogos do teatro Gambôa Nova.
Quando: De 19 e 20/03 (sábado e domingo), às 20hs
Local: Teatro Gamboa Nova
Quanto: R$10
Local: Teatro Gamboa Nova
Quanto: R$10
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